A doença cerebrovascular ou DCV é por vezes uma causa grave de incapacidade física e morte, pelo que não só o seu tratamento é importante, mas a sua prevenção é ainda mais importante, desta forma poderíamos prevenir a ocorrência dessa condição, eliminando qualquer possibilidade de complicações irreversíveis.
A planta cannabis é bastante conhecida pela maioria da população mundial, infelizmente é conhecida pela sua reputação como composto recreativo, porém, o que pouquíssimas pessoas sabem é que esta planta possui dentro de si uma enorme quantidade de componentes chamados canabinóides., que demonstraram funcionar no tratamento de Muitas doenças através dos anos.
O CBD ou canabidiol, é um desses compostos da canábis, e embora os estudos não tenham estabelecido uma relação positiva entre a prevenção do enfarte cerebral e a administração deste canabinóide, foram encontrados alguns benefícios que poderiam ajudar a tratar pacientes que sofreram desta condição.
É por isso que a seguir falaremos com mais profundidade sobre essa interação, bem como os estudos que a sustentam e a forma como o Canabidiol pode ajudar no tratamento do infarto cerebral.
O infarto cerebral
Dentre a classificação das doenças cerebrovasculares, encontra-se o infarto cerebral, definido como lesão tecidual necrótica da área afetada, que é produzida pelo suprimento insuficiente de sangue a essa área do cérebro.
Este é um termo ao mesmo tempo clínico e patológico que necessita de uma definição mais específica, como quando recebe o nome lacunar ou embólico referindo-se à sua origem, bem como ao curso em que se encontra, por exemplo, progressivo, e sua natureza como hemorrágico.
Mais especificamente, esta condição pode ser causada pelo endurecimento das artérias, pressão arterial elevada, idade avançada, colesterol elevado, fumar, diabetes, anemia grave e claro, um distúrbio de coagulação, qualquer uma das condições que causem algum tipo de alteração a nível cardiovascular, podem causar esta doença.
O resultado permanente que um acidente vascular cerebral pode deixar é geralmente limitando, por causar um déficit neurológico, que pode ser classificado como alteração de linguagem (abrangendo tanto dificuldade de compreensão quanto de comunicação), dificuldade de articulação de palavras, dificuldade de deglutição, pouca ou nenhuma mobilidade nas extremidades de um lado do corpo, falta de controle do equilíbrio, vômitos, dores de cabeça, entre outros.
O estabelecimento destes sintomas dependerá da resolução do problema obstrutivo da artéria, e se for resolvido, os sintomas se tornarão temporários e não causarão sequer um infarto cerebral, caso contrário o dano se tornará permanente, produzindo o referido quadro.
A ciência explica como o CBD pode ajudar no enfarte cerebral
Um estudo publicado em agosto de 2003 nos conta o resultado de uma investigação onde foram avaliadas as propriedades do canabidiol na prevenção dos danos infligidos pela isquemia cerebral. Os gerbos receberam uma dose de canabidiol de 1,25 – 20 mg/kg, 15 minutos após a oclusão carotídea bilateral. Uma semana depois, foi avaliado o eletroencefalograma, encontrando antagonismo do achatamento na potência espectral total.
Ao final do estudo, concluiu-se que os gerbilos que receberam CBD apresentaram redução nos danos permanentes do quadro, em comparação com aqueles que não receberam as doses; relatando, por sua vez, um efeito neuroprotetor, que foi maior com 5mg/kg. Graças aos resultados, o CBD foi considerado um possível tratamento para a isquemia cerebral.
Outro estudo publicado em 2005 consistiu em avaliar a ação neuroprotetora do CBD em camundongos com oclusão da artéria cerebral média de 4 horas de evolução. Os camundongos receberam canabidiol e outros compostos de cannabis, antes e 3 horas após sua ocorrência. posteriormente foi avaliado o tamanho do infarto cerebral.
Ao final do estudo, o resultado foi um diminuição no tamanho do infarto, os demais componentes administrados resultaram em redução mínima do infarto, ao mesmo tempo em que ficou evidente a inibição do efeito neuroprotetor pelo WAY 100135, um antagonista do receptor vanilóide; Este efeito pode estar relacionado ao aumento do FSC através do receptor serotoninérgico 5-HT1A.
Terapia para infarto cerebral com CBD
Embora a informação científica seja insuficiente para considerar o CBD como tratamento oficial ou complementar para o enfarte cerebral, podemos estabelecer algumas vantagens que poderão ajudar se o tratamento terapêutico for considerado pelo mundo da medicina.
Entre estas, temos principalmente a sua função neuroprotetora, que, como vimos nos estudos acima mencionados, é a principal característica do CBD para ajudar a tornar os danos cerebrais muito menos graves, permitindo ao paciente um melhor prognóstico de vida.
Por outro lado, temos as propriedades antioxidantes do CBD, que também se tem mostrado uma excelente opção para proteger as células neuronais do stress oxidativo.
Graças a uma interação que existe entre a atividade excessiva do glutamato e a capacidade dos canabinóides para neutralizá-la, acredita-se que os pacientes que sofrem de doenças cerebrovasculares terão maiores chances de reduzir os danos motores a médio ou longo prazo.
Um composto com excelentes características
O CBD tem demonstrado ter o necessário para ser um medicamento eficaz na recuperação do paciente após um infarto cerebral, porém, são necessárias muito mais pesquisas para estabelecer uma solidificação desta informação, o que ao mesmo tempo permitirá a inclusão do componentes da cannabis, como o CBD, no mundo da medicina.
Com base em pesquisas, o uso do CBD para prevenção de AVC não é recomendado, uma vez que estudos não demonstraram eficácia nesta interação, porém, há evidências de que ele pode ser utilizado no tratamento de reduzir danos cerebrais. O melhor é consultar um médico especialista antes de tomar uma decisão, este é um profissional capacitado para te ajudar a tomar decisões sobre o que é melhor ou não para sua saúde.
Recomendamos que você se mantenha informado sobre os avanços científicos que estão sendo realizados em relação ao uso deste componente da cannabis; Para isso você pode consultar periodicamente nossa seção novidades e curiosidades.
Qual produto devo tomar para recuperação de AVC e qual a dosagem? Tenho 60 anos e peso 85 kg